segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A viagem e a saudade

Toda segunda-feira enquanto eu dirijo meu automóvel eu vejo o sol nascer. A estrada que corta várias cidades possui verde em ambos os lados. É neste momento, com as janelas abertas, que sinto o vento soprar intensamente contra meu rosto. Alí não há cheiro de fumaça e o verde retrata a esperança de uma boa semana.

E a semana passa às vezes lentamente e em outras rapidamente. O trabalho durante todo o dia e o aprendizado de inglês à noite ocupam todo o meu tempo. A escrita e a leitura vão ficando pela madrugada às vezes insone. Os projetos literários são rascunhados e vão tomando corpo.

Toda sexta-feira vejo o sol se pôr enquanto dirijo meu automóvel. É neste momento que, voltando para casa, me lembro de tantas coisas, tantas dificuldades passadas para se chegar até aqui. Tantas horas de estudo e dedicação.

Mais uma semana ficou para trás, com todas as suas alegrias, suores e novos vocabulários de inglês.

E então, eu sinto um aperto no peito e uma inquietação daquelas pessoas que estão ansiosas por algo. Eu me lembro do calor da minha cama e do aconchego de minha casa. Lembro de um nome, de uma pele morena, de cabelos longos e lindos e da enorme saudade que agora estou sentindo.

Sim, talvez ela até reclame se eu a apertar muito forte durante o abraço, mas só eu sei o quanto aquele momento é para mim importante. E mesmo se ela reclamar, eu vou fazê-la sorrir. E quando sorrir, calarei qualquer reação com um delicioso beijo com tamanha emoção, que nem o cinema conseguiu ainda captar.

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