domingo, 21 de dezembro de 2008

Carta de Ano Novo 2008-2009

Prezado Carlos Eduardo Nunes;

Estive presente em todos os momentos de sua vida. Sofri e me alegrei contigo. É por isso que nesta data, resolvi lhe dizer estas palavras. Sei que poucas pessoas vão acessar, mas gostaria, verdadeiramente, que publicasse este texto em seu blog. Sei que por se tratar de um texto longo, que algumas pessoas não vão conseguir chegar ao fim. Hoje em dia elas só querem saber de textos curtos, afinal ninguém mais tem tempo a perder.

E é também poir isso que eu resolvi lhe escrever, pois o tempo passou tão depressa desde que você percebeu que não era mais criança. E hoje você já está com 28 anos...

Mais um ano está prestes a se findar. No mês de dezembro refazemos planos e promessas que nem mesmo sabemos se poderemos cumprir. Na verdade, poucas pessoas pensam no que fizeram ao longo do ano e em todos os anos de suas vidas. Eu queria dizer que é preciso celebrar mais a vida, seus momentos e suas realizações e escolhi esta maneira de lhe dizer isso.

Neste final de ano eu queria lhe dizer que por mais triste e difícil que a vida possa parecer, que há de se encontrar alegrias em cada milagre de um novo dia. Há de se ter fé de que as coisas possam realmente mudar e de que o mundo possa ser mais justo para nossos filhos e nossas crianças. Sei que você pensa que o último dia de dezembro é sempre igual ao primeiro de janeiro, mas não é! Há algo de mágico e especial em cada dia.

Hoje as pessoas te acham sério demais, queriam que você demonstrasse mais o seu sorriso. Mas elas não sabem o que você já sofreu e, verdadeiramente, se soubessem, não dariam a mínima importância a isso. O que elas querem é falar, é criticar, quem sabe zombar de você, conseguir algumas gargalhadas às suas custas. Talvez o fato de você não ter um pai tenha lhe dado uma responsabilidade que você nem sabia ter e o pior, uma responsabilidade que você não pediu a ninguém.

Mas é preciso que você se solte um pouco mais. Se todas as pessoas resolvessem trabalhar suas deficiências ao invés de somente apontar as dos outros teríamos uma crescente melhoria na qualidade de vida. A verdade é que todos têm algum tipo de bloqueio, normalmente algo ligado à infância ou a experiências negativas.

Prezado Carlos, você se esforçou demais para trilhar seu caminho. Enquanto seus amigos jogavam futebol nos fins de tarde, você seguia para os estudos do segundo grau. Às sextas-feiras, quando você retornava da faculdade, todos eles estavam saindo para curtir a noite e você não podia ir, mesmo que desejasse, pois no sábado as aulas eram bem cedo. Enquanto esperava pelo ônibus já de manhã, lá estavam eles chegando, arrastando-se pelas ruas, rindo e comemorando a noite que haviam curtido.

Talvez tenha sido um preço alto demais que você pagou por trilhar o caminho que acreditava. Por conta disso não aprendeu a dançar funk ou techno. Não aprendeu a enxergar as pessoas com a luz branca das danceterias. Você não aprendeu a sair à noite procurando por mulheres e bebidas a qualquer preço. Talvez tenha sido um preço alto demais...

Mas em contrapartida, você se interessou por outras coisas. Você devorava livros e conheceu várias literaturas, vários autores com pensamentos distintos. Adquiriu conhecimento que outras pessoas passarão anos sem conhecer. Desenvolveu o gosto por conhecer novos lugares e viajou por várias cidades. Desenvolveu seu dom pela escrita, escreveu uma centena de poemas, duas dezenas de contos, escreveu livros e publicou dois deles. Você desenvolveu o gosto pelo cinema e pelo teatro, por um tipo de arte que nos faz pensar em algo em nossa vida.

Sobretudo, você desenvolveu o Amor. Por você mesmo e pelos outros. E aprendeu que para tornar o amor real, você tem que doá-lo para que ele possa ser de alguém. Existem tantas pessoas no mundo que se fecharam para o amor, que não se importam em dar e receber carinhos, em agradar e ser agradado por alguém...

É Carlos. Você não aprendeu a beber, nem a fumar, nem a fazer uso de nenhuma outra droga. Mas também ainda não se interessou por fazer nenhum tipo de regime ou comer coisas que possam melhorar a sua qualidade de vida no futuro.

Você sempre foi um bom filho. Foi amigo daqueles que lhe foram dignos de confiança. Nunca foi um namorado perfeito, mas sempre se esforçou para tanto. Foi difícil entender que a perfeição não existe e que mesmo que você faça tudo por alguém, que essa pessoa possa não reconhecer isso.

Já riram de você. Já te chamaram de “certinho demais”. Já tentaram te humilhar mesmo quando você estava fazendo algo correto. Neste mundo, na forma como ele se encontra, é quase um crime fazer as coisas da maneira correta.

No trabalho sempre agiu corretamente e foi leal a seus companheiros, sempre tentando desenvolver-se e desenvolvê-los. Chegou cedo, saiu tarde, correu atrás... e conseguiu...

Devo lhe dizer que você é um vencedor, em todos os sentidos. A vida está sorrindo para você agora e quer saber de uma coisa? Tudo, mas absolutamente tudo o que aconteceu em sua vida até hoje, foi para fazer com que chegasse aqui e agora, neste momento. Cada desilusão, cada lágrima, cada alegria, cada contentamento, tudo isso foi para te construir – e às vezes reconstruir.

Sei que caiu de cara na lama várias vezes, se arranhou, machucou-se profundamente, adquiriu cicatrizes enormes, mas superou as barreiras que a vida te impôs. Ah, superou sim. E muita gente te ajudou no caminho. Alguns lhe estenderam a mão, outros ofereçam o ombro, outros ajudaram com uma palavra. Cada um contribuiu para sua formação e você deve ser grato a eles por isso.

Desejo-lhe que seja mais paciente com os que estão ao seu redor.
Desejo-lhe calma e sabedoria.
Queria lhe dizer que tenho orgulho de você!
Preciso dizer que te amo intensamente!

Eu resolvi nesta data te falar todas estas coisas para que você nunca se esqueça de que escolheu o caminho correto e que mesmo que às vezes as coisas pareçam difíceis demais, que há sempre uma saída e uma solução. Basta ter fé.
Eu, seu CORAÇÃO, que estive presente em todos os momentos de sua vida, posso lhe afirmar isso.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A viagem e a saudade

Toda segunda-feira enquanto eu dirijo meu automóvel eu vejo o sol nascer. A estrada que corta várias cidades possui verde em ambos os lados. É neste momento, com as janelas abertas, que sinto o vento soprar intensamente contra meu rosto. Alí não há cheiro de fumaça e o verde retrata a esperança de uma boa semana.

E a semana passa às vezes lentamente e em outras rapidamente. O trabalho durante todo o dia e o aprendizado de inglês à noite ocupam todo o meu tempo. A escrita e a leitura vão ficando pela madrugada às vezes insone. Os projetos literários são rascunhados e vão tomando corpo.

Toda sexta-feira vejo o sol se pôr enquanto dirijo meu automóvel. É neste momento que, voltando para casa, me lembro de tantas coisas, tantas dificuldades passadas para se chegar até aqui. Tantas horas de estudo e dedicação.

Mais uma semana ficou para trás, com todas as suas alegrias, suores e novos vocabulários de inglês.

E então, eu sinto um aperto no peito e uma inquietação daquelas pessoas que estão ansiosas por algo. Eu me lembro do calor da minha cama e do aconchego de minha casa. Lembro de um nome, de uma pele morena, de cabelos longos e lindos e da enorme saudade que agora estou sentindo.

Sim, talvez ela até reclame se eu a apertar muito forte durante o abraço, mas só eu sei o quanto aquele momento é para mim importante. E mesmo se ela reclamar, eu vou fazê-la sorrir. E quando sorrir, calarei qualquer reação com um delicioso beijo com tamanha emoção, que nem o cinema conseguiu ainda captar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A dança

Todo mundo ria quando ele dizia onde estava indo e, para ele, era como se estivessem zombando de seus sonhos. Seu pai dizia que isso era coisa de maricas. Sua mãe o entendia, demosntrava isso no olhar, mas não dizia nada.

Os vizinhos apontavam em sua direção e quando passava nas ruas ele via que alguns o seguiam, imitando seus passos.

Por isso, ele passou a não mais dizer onde ia. Sua vida passou a ser algo tão particular que ele não pretendia dividir com mais ninguém. Quando ia aos ensaios, sentia-se vivo plenamente. Era ali que ele se realizava, bailando na ponta dos pés.

Mesmo continuando a seguir o caminho que considerava o mais correto, ele se entristecia por não poder dividir aquilo com ninguém.

Até que um dia conheceu Alice, e seu mundo transformou-se por completo, como se agora vivesse no país das maravilhas. Ela o apoiava no que ele fazia, ia a seus ensaios, queria dividir com ele o melhor daquela época. Em contrapartida, ele lhe oferecia todo o carinho e atenção que ela precisava. Cada um ofereceu ao outro o que tinha de melhor.

E ele lhe contou que ainda era um pequeno menino quando começou a ensaiar suas primeiras piruetas. Com seis anos já imitava com perfeição os passos de dança de sua irmã mais velha. Mas seus pais jamais iriam aceitar que seu filho resolvesse fazer ballet.

E assim, contra tudo e contra todos, ele seguiu seus sonhos. Hoje ele é um dos mais promissores bailarinos do mundo e integra o time de uma das maiores companhias de dança clássica dos Estados Unidos. O papel do príncipe Siegfried no espetáculo "O Lago dos Cisnes" está lhe rendendo inúmeros elogios.





PS: talvez alguns de vocês se perguntem o que aconteceu com Alice. Eles se separaram quando ela ficou sabendo que ele iria para o exterior, mas aquele encontro que aconteceu entre os dois determinou o rumo de suas vidas para sempre...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

As festas

Todas as festas eram assim: família reunida na beira da piscina, fumaça subindo da churrasqueira, os homens falando de política, futebol e mulheres, as mulheres na cozinha lembrando o capítulo da novela, as crianças loucas para pularem na água, as mães dizendo que tinham que esperar uma hora pois podia dar uma congestão.

Ficaram para trás a comida e a bebida. A fumaça se esvaiu e hoje a brasa nem se acende. A piscina agora está sempre vazia com alguns azulejos quebrados. Alguns adultos já não estão mais entre nós.

Ficou apenas a lembrança (boas lembranças) e algo que as pessoas costumam chamar de saudades.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Relógio e o Amor

Ele antes ficava apenas nos pulsos. Em seguida o colocaram no bolso. Depois passou para as paredes. Com o advento da tecnologia, passou a fazer parte do celular. Sim, o relógio faz parte de nossas vidas. Dizem que ele serve para contar o tempo.

E todas as pessoas também passaram a contar o tempo olhando para o relógio. Entre tanto trabalho nesta vida dura, o tempo parece voar ou mesmo escorrer de nossas mãos.

É o tempo de nossas vidas. É o relógio de novo girando sem parar e fazendo contas...

Mas cabe aqui uma pergunta: que conta ingrata é essa em que as horas passam tão devagar quando estamos distantes e tão rápidas quando estamos próximos? O que será que os relógios tem contra as pessoas que amam?

Mas como não há resposta correta para esta questão, resta-nos fazer do pouco tempo juntos um tempo diferente, onde cada momento seja único e especial. Para muita gente isso são apenas palavras... mas as pessoas que amam, essas sim, compreendem o que digo.

03-07-2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Um Pedido

Hoje eu quero te pedir uma coisa: não me olhe assim como se eu fosse de outro planeta. Não minta para si mesmo fingindo me compreender. Não se torture se você não tem coragem para seguir nem mesmo até a metade do caminho que percorro.

Não, não me inveje, não me ignore.

Não me suplique soluções e nem me venha com perguntas, pois eu também não tenho respostas. Só sigo em frente buscando aquilo que acredito.

Não faça versos se não consegue se alegrar com a vida. Não pinte quadros se não sente emoção nas cores. Não dance se não sente prazer na vida. Não cante se não tenta entender o sentido das palavras.

Não! Não venha me pedir ajuda pois agora pode ser eu quem estou precisando. Não venha me contar histórias pois hoje sou eu quem quero lhe falar. Não me peça nenhum carinho pois hoje sou eu quem quer ser acariciado.

Não beije se não for com emoção. Não abrace se não for apertado. Não fale sobre amor se não for o que sente. Não se deite se for só pelo sexo.

Não se maltrate. Não me maltrate.

Hoje, apenas hoje, não me olhe como se eu fosse de um outro planeta, como se estas palavras fossem de um tempo distante, porque eu sou o tempo e o espaço, sou a brisa e o vento, a tempestade e a calmaria, a noite e o dia. Sou o que posso ser, o que a vida fez e faz, tentando e seguindo para buscar algo mais.

Vem comigo... mas só hoje, permita-se ser mais feliz...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Talvez você jamais entenda...

Talvez você jamais entenda esse meu romantismo
essa minha forma de cuidar e ser cuidado

talvez jamais entenda meus objetivos
esse meu jeito de querer conquistar algo dificil de ser conquistado

talvez jamais entenda meus planos
e essa minha forma de planejar o próximo passo

talvez jamais entenda o meu jeito
os meus pensamentos e a minha nostalgia

talvez jamais entenda meu toque
e essa minha maneira de querer fazer amor por completo

talvez você jamais entenda a minha entrega
e continue a se esquivar de novas emoções

talvez jamais entenda o valor de um beijo
e o que se deve sentir ao ser beijado

talvez jamais entenda o que há num abraço
e o que deve falar um abraço apertado

talvez jamais entenda que no carinho que te faço
reside a vontade de ser acariciado

talvez jamais entenda que ao dizer "eu te amo"
esteja o desejo incondicional de ser amado

talvez jamais entenda que na minha alegria
reside a felicidade de te ver sorridente

talvez jamais entenda que o meu contentamento
é te ver plenamente contente

talvez pense que tudo o que faço é besteira
que o que digo [e perda de tempo
e que estas coisas não são importantes
e talvez, quem sabe um dia, perceba tudo isso.

Mas saiba que estarei torcendo para que quando este dia chegar
ainda estejamos olhando para o mesmo horizonte
e que você possa entender que, na vida, tudo pode acontecer
e que a felicidade sempre está não do seu lado,
mas dentro de você...

Macaé, 24/09/2008 - 16:48hs

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Maravilhas

A vida é um jogo.

Sempre me disseram isso, desde criança. E cresci nesse turbilhão, jogando entre furacões e brisas calmas, maremotos e marolas, incêndios e pequenas chamas.

A vida é um jogo.

Se por acaso vou ganhando, quero ganhar mais e mais.

Se perco, se caio, se esfolo os joelhos, se quebro a cara, a cada jogada que faço (ou vivo) visto-me de entusiasmo para jogar (ou viver) de novo, tentar de novo, levantar de novo, recuperar aquilo que possamos ter perdido.

Aquilo que possamos ter perdido. Eu e você!

E me surge a pergunta:


O que devemos fazer no próximo minuto
para nos tornarmos pessoas melhores e
mais maravilhosas no próximo segundo?

sábado, 14 de junho de 2008

Conta-gotas

Existem pessoas que pensam na vida como se fosse um pequeno conta-gotas e vão liberando cada gotícula de aventura, emoção e amor aos poucos, dosando seus sentimentos, talvez querendo guardar um pouco para amanhã, para o "momento certo", pensando que doses extremas podem fazer com que o conta-gotas se esvazie.

Essas pessoas não compreendem que as doses no conta-gotas não são para elas próprias, mas sim, para quem estiver ao redor, e que quanto mais nos doamos para o amor, mais o recebemos também, em quantidades absurdamente maravilhosas.

E sem medidas...

Mas elas não sabem disso. E continuam se esforçando para liberarem gotinha por gotinha, tudo bem dosado e premeditado, afinal, podem precisar de um pouco para amanhã.

Então eu te peço que pergunte a essas pessoas:

"E se não houver um amanhã?"

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Celebração

Quando somos crianças o tempo passar mais devagar, sem muitas responsabilidades, e queremos logo crescer para poder subir em árvores maiores, consideradas até então proibidas.

E quando começamos a crescer de verdade, percebemos que o mundo começa a exigir de nós uma série de coisas que a sociedade dita como importantes. E aprendemos que tudo o que estudamos até agora não nos preparou para nada, e que temos que começar a trabalhar e ganhar dinheiro. Sim, vivendo neste mundo capitalista, precisamos disso.

E passamos a sacrificar nosso tempo para agradar outras pessoas, fazendo com que nosso patrão fique ainda mais rico, na esperança de sermos reconhecidos. Mas jamais seremos. Então compreendemos que o importante no trabalho – como tudo na vida – é estarmos nos sentindo felizes.

E assim que começamos a crescer, dentro de nós algo também muda. Começamos a olhar o próximo com um sentimento diferente. E nos apaixonamos pela primeira vez, de uma forma tão intensa, que muitas vezes deixam marcas profundas. E conhecemos o amor, a face mais linda de cada ser humano. Mas às vezes também nos decepcionamos.

E porque nos decepcionamos? Porque idealizamos na pessoa amada o ideal de toda uma vida, mas, muitas vezes, sem conhecê-la verdadeiramente, ou pensando que conhecemos. E se as coisas não andam como prevíamos, choramos. Será que a pessoa merecia nossas lágrimas? Será que alguém merece? Aprendemos a esconder cicatrizes e a curar feridas. Às vezes as pessoas nos perguntam por que não sorrimos nas fotos, ou porque somos tão alegres assim. Cada um sabe o seu sofrimento e a sua dor.

E desta mesma forma, cada um conhece suas próprias alegrias. E passamos a buscar a emoção nas coisas, compreendendo que tudo precisa ser encantador e especial, pois a vida é curta demais. E com emoção, uma música, um olhar, um sorriso, um abraço, um amigo distante que nos visita, um pôr-do-sol nunca antes visto, tudo se torna mágico, dando um novo sentido à vida.

Tudo isso faz parte do processo de auto-conhecimento.

E mesmo na dor, aprendemos a celebrar estes momentos, porque em tempos tão difíceis, eles podem ser únicos. Sim, devemos celebrar cada dia, cada manhã, cada amizade, cada coração que se aproxima de nós deixando algo. Devemos celebrar a nós mesmos, olhar no espelho e dizer “eu sou lindo(a)”, cuidar do corpo e da mente, sentir-se realmente único(a), exclusivo(a) e belo(a).

Devemos celebrar cada novo ano, cada aniversário, mesmo que no passado isso não tenha sido possível por diversas outras situações. E nesta celebração, estarão contigo todos aqueles que lhe querem bem, sejam presentes, seja num telefonema ou e-mail. Cada um deixará uma mensagem diferente, individual.

O seu presente é hoje. O dia atual. A data atual.
Tudo o que aconteceu foi para te fortalecer.
A cada passa, crie seu novo futuro.
Busque seus sonhos.
Celebre!

E se preferir, aproveite que cresceu e suba numa árvore, mas não numa árvore qualquer. Suba naquela em que na sua infância era considerada a maior. Ela não era um grande problema? Agora não é mais. E por quê? Porque você cresceu e tornou-se maior do que tudo isso. Superar as dificuldades só depende de você!

sábado, 10 de maio de 2008

O Perdão



Perdoe-me meu coração
por todas as vezes em que não tive coragem de agir
por todas as vezes em que fechei meus olhos
por todas as vezes em que tentei fugir

Perdoe-me
por todas as vezes em que me esqueci
de coisas que eram realmente importantes
e que não poderiam ser deixadas para um outro dia

Perdoe-me
por todas as vezes em que eu deveria falar e me calei
e por todas as vezes em que falei
mesmo sabendo que o silêncio
era o que eu tinha de melhor a oferecer

Perdoe-me
por ter cometido tantos erros nesta vida
e por todos os erros que ainda vou cometer
por todas as batalhas que lutei
mesmo sabendo que iria perder
por todas as lágrimas que derramei
mesmo sabendo que ninguém as merecia

Perdoe-me meu coração
e me dê forças para mais um dia
para ver novas imagens
permita-me ser mais crítico
menos temeroso
mais forte
menos cauteloso
permita-me poder fazer
ao invés de apenas assistir
permita-me viver
tudo aquilo o que ainda não vivi.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O vôo das borboletas

Estampada nas costas, as borboletas pintadas na pele surgem como um presente, definitivamente, marcante. As três, unidas, formam um rastro de carinho a ser seguido por quem as admira, e por quem admira a mulher que agora as carrega em seu corpo.

A tatuagem, ou as borboletas, servem como um símbolo para estampar a liberdade que se pretende alcançar, voando plenamente livre quando se deseja, ou estando momentaneamente presa quando se queira.

As borboletas, por si só, são um exemplo da mudança onde, um dia, podem ter sido lagartas. E então, um belo dia, a pequena lagarta fecha-se num casulo, passa por período de solidão, de purificação e de transformação, para logo depois surgir totalmente diferente, como um novo ser, pensando numa nova vida, em novas possibilidades, em outras oportunidades.

E nessa nova vida, a borboleta quer viver o que ainda não se viveu. Talvez pense até em amar intensamente, em explorar com mais emoção cada momento, a cada nova batida de suas asas que agora a levam para onde quiser.

As borboletas e as princesas dos contos de fadas são parecidas em sua essência pura e na fragilidade de sua existência. Elas tem em sí um desejo profundo de serem felizes. E é isso o que buscam, como nós, seres humanos ditos normais.

Assim são as borboletas. Assim são as mulheres.

Assim é você, Katia, minha princesa.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eros e Psique

Para os antigos gregos, Eros significava Amor. E o nascimento deste deus foi resultado da improvável união de forças tão antagônicas como Afrodite, a deusa do amor, e Ares, o deus da guerra.

Eros pairava sobre o mundo com suas asas e armado de arco e flechas encantadas, e sempre que disparava suas setas certeiras, tinha o intuito de incutir no alvo o desejo amoroso incondicional para com outro ser.

Andando sempre acompanhado de sua mãe, eles eram responsáveis por todas as uniões conjugais e todos os casos amorosos entre os deuses, os mortais ou ainda entre as duas raças.
Às vezes Eros era usado por sua mãe como instrumento de vingança contra aqueles que lhe desagradassem. Dessa forma, o deus alado engendrava paixões impossíveis de ser consumadas, propositadamente calculadas para levar o desafortunado à angústia, ao sofrimento e mesmo à morte.

Em determinado caso, Eros foi destinado a punir Psique, uma mortal de rara formosura, cujos encantos desviavam a atenção da humanidade do culto da beleza da própria Afrodite. Ao avistar a vítima, ele perturbou-se de tal forma diante de sua radiante formosura que, inconscientemente, feriu a si mesmo com uma de suas flechas. De imediato, enamorou-se perdidamente por ela, recusando-se a efetivar o castigo proposto por sua mãe.

Eros tratou de colocar a jovem Psique sob sua proteção, levando-a, sem revelar, para morar em seu palácio encantado, impondo a ela a condição de seu anonimato e, valendo-se da escuridão da noite, permanecia oculto, cobrindo-a de carinhos amorosos e deixando à sua disposição tudo o que pudesse desejar.

Dessa forma, ele pretendia conquistá-la pelo amor que dedicava a ela e não pelo que era: um deus belo e de atributos cobiçados por todos.

Psique, no entanto, corroída pela curiosidade e pelas suspeitas sobre a verdadeira identidade do amante, decidiu vislumbrar sua face na escuridão, aproximando-se sorrateiramente com uma lamparina. No entanto, Eros percebeu sua aproximação e, desapontado, decidiu abandonar a jovem para sempre. Fazendo isso, o deus deixava clara a mensagem de que o amor não vive sem confiança.

Arrependida pelo ato que a fizera perder o maior amor que poderia desejar em seus sonhos, Psique correu o mundo submetendo-se às mais difíceis provações, sempre na esperança de se redimir perante o amor perdido.

Compadecendo-se da jovem amada, Eros voltou a desposá-la e tornou-a também imortal, para que os dois pudessem viver eternamente como divindades. Dessa união nasceu Volúpia, a deusa do prazer intenso.

A humanidade tiraria dessa história a lição de que só o amor (Eros) consegue tornar a alma (Psique) feliz, e que ela é capaz de enfrentar todos os obstáculos para reencontrá-lo se ele for perdido.

domingo, 27 de abril de 2008

As três gerações


Às vezes fico observando as pessoas, como aquela criança que agora corre numa praça em direção ao escorrega. Em poucos anos, ela será um adulto e todos esses momentos serão apenas lembranças. Junto com ela, um senhor já idoso, que aparenta ter mais de setenta anos a acompanha com o olhar cansado. Talvez ele se recorde neste exato momento de sua infância difícil e trágica. Um pouco mais distante, um homem observa os dois. Cuida da criança como cuida do idoso. Ali, três gerações se encontram e me mostram tempos diferentes em uma mesma praça.

O homem aparenta ter cerca de trinta anos e está ansioso e com um semblante conhecido preocupado. O idoso caminha lentamente como quem já não espera mais muita coisa em seus próprios passos. A criança corre, pula e brinca sem se dar conta do que se passa ao redor.

O homem preocupa-se e isso toma conta de seus pensamentos, atormentando-o. O idoso quer ir a diante e como não consegue, angustia-se. Já a criança, esta, entre uma brincadeira e outra, olha para os dois e sorri. Naquela praça, ela me parece a única pessoa feliz.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Maleabilidade

Houve um tempo em que eu era como um monte de argila nas mãos de uma criança. Era maleável e me moldava ao menor capricho de pessoas que não eram nem um pouco artistas. Eu era uma espécie de "criança de barro", moldando-me sorrateiramente à procura de mestres e heróis.

Todas as crianças são assim. Os adultos vão nos moldando com o que tem de melhor (ou pior). Cada um dá o melhor de sí. Assim fui crescendo e, heróicamente, conquistando meu espaço. E as asas da liberdade começaram a apontar um rumo. Então, a criança que era moldada com argila pelas mãos errantes de qualquer um, tornou-se como o cobre dos escudos mais rígidos, capaz de quebrar qualquer espada.

E, neste momento, comecei a realizar meus sonhos e fantasias, voando sem limites e sem medo do que um dia afligira a Ícaro. E minhas asas não derreteram, nem minhas pernas cederam ao cansaço, nem minha visão ficou embaçada, nem meus lábios ficaram trêmulos.

Mas talvez você não entenda o que eu quero dizer. Talvez ainda seja de argila, moldando-se a cada ser humano que passa em sua vida, a cada um que diz que te ama e logo depois te deixa. Ainda está preso à idéia de que a felicidade é um estado imaginário.

Mas imagine... e se você estiver errado? E se todos estiverem errados?

Faça hoje um vôo profundo. Estou indo.

Quer vir comigo?

domingo, 20 de abril de 2008

O amor venceu

Há de se ter um dia a mais
para se poder fazer tudo o que sempre quis
há de se ter um sorriso a mais
para se fazer alguém feliz
há quem diga que o amor venceu
há que diga que você e eu nos completamos
há de se ter um carinho a mais
para demonstrar por quem se ama
há de se ter um motivo a mais
para demonstrar esse amor
há quem diga que você e eu nos completamos
como acordes que se formam numa nova canção
há quem diga que o amor venceu
e eu sei pois você está em meu coração
há quem diga que são tudo palavras
há quem diga que é só emoção
mas o seu nome está
gravado em meu coração

terça-feira, 15 de abril de 2008


Às vezes é preciso tocar com os joelhos no fundo de um abismo
e só então olhar para cima e encontrar a redenção.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Carinho


Você pode gostar de diminutivos
pode dar um beijinho
um abracinho
jogar um charminho
fazer um denguinho
brincar de joguinhos
Mas o que tu queres mesmo é um
carinho
ENORME
Pode chamá-lo de benzinho
gatinho
queridinho
lindinho
amorzinho
mas o que tu queres mesmo é um
Amor
MAIOR
destes, sem fronteiras entre a razão e a emoção
destes, que transborda o coração
toma conta dos pensamentos
invade a alma
e faz com que
palavras no diminutivo
tenham significados
maiúsculos e grandiosos.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Posso...

eu posso te contar segredos
revelar meus planos
rever os enganos
posso sorrir todo dia
te dizer poesia
mostrar a todos a alegria
posso contar meus passos
imaginar abraços
e beijos todo dia
posso olhar a fotografia
e numa madrugada fria
lembrar quem fui um dia
posso pensar no futuro
fazer novos planos
te contar meus sonhos
e sonhar contigo
e viver contigo
e amar contigo
só não posso
dizer amar sem amor
viver em sobrevida
chegar pensando na despedida
porque não há
mais tempo mais tempo a perder
vida a desperdiçar
sonhos a destroçar
Só há oportunidades e sentimentos
e disso não se pode abrir mão
pois quando fala o coração
tudo ganha nova razão
e só há
vida a viver
amor amar
e um longo caminho
juntos a trilhar

domingo, 6 de abril de 2008

Não me lembro exatamente a data em que o Renato chegou para mim, me estendeu uma folha de papel cheia de garranchos e perguntou:

"Carlos, o que você acha disso?"

Já naquela época eu não bebia, mas estava cansado e meio sonolento, sentado numa mesa de bar observando um monte de gente se entorpecendo. Olhei para o cara que havia conhecido assim que tinha acabado de chegar em Brasília e fiquei em silêncio por alguns segundos.

"Renato, não só é preciso amar as pessoas... o que você acha de como se não houvesse amanhã? Vai passar uma idéia de que tem que ser feito hoje, entende? E ainda poderia incluir no final, porque se você parar pra pensar, na verdade não há. Assim eu acho que terá uma rima melhor."

"Mas rimar com o quê?" - perguntou o Renato colocando a mão no queixo.

"Porra, presta atenção cara! O que você ta fazendo? Não é uma canção? Essa canção é sua ou minha?

E foi assim. Eles ainda bebiam cerveja e eu cansado de tudo aquilo, com sono, pensando no trabalho que teria que fazer no dia seguinte. No outro canto, o Renato, o Trovador Solitário, arriscou um arranjo no violão todo desafinado do cantor do bar, e deixou todo mundo arrepiado com uma música que fala sobre pais e filhos. Até hoje não sei se estavam arrepiados pela canção ou pelo frio que fazia. Acho que pelos dois.

Eu, que já estava morrendo de sono, levantei e fui embora.
Mas antes, falei para um dos bêbados que ali se encontrava:

"É, meu amigo. Certas canções que ouço me caem tão bem, me marcam tanto, que parece até que fui eu quem fiz."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Caminhos do Coração

"(...)
Já as pessoas que vão contra tudo e contra todos
e conseguem chegar há algum lugar
estas são, e sempre serão felizes
porque para elas, nenhuma estrada terá fim
nenhuma barreira não poderá ser transposta
tudo será possível
porque elas terão uma arma:
A CONFIANÇA EM SÍ PRÓPRIAS".
Trecho de Caminhos do Coração
Autor: Carlos Eduardo Nunes

Amor em migalhas

Não tolero mais amor em migalhas.
Em matéria de sentimentos, não aceito mais café puro, pão com manteiga ou arroz com feijão.

Quero me servir dos melhores pratos.
Um café da manhã de emoções, com chás, leite, pães maravilhosos, geléias e frutas.
Um almoço de sensações gostosas.
Um jantar de prazeres inimagináveis.


E se não for assim, prefiro passar fome por uns dias até que possa estar de novo em seus braços. Porque não há mais tempo a se perder com amores que não amam, nem com paixões que não ardem.

Não tolero mais amor em migalhas.
Quero me servir de um banquete de emoções extraordinárias.
Quero me servir de você!

sábado, 22 de março de 2008

Palavras ao acaso

Busque
não importa o quão difícil seja

tente
é a única forma de conseguir

tente outra vez
se na primeira tentativa cair

Venha
não importa se o caminho é longo

tenha
um sorriso sempre largo no rosto

queira
um abraço apertado e

beije
como se fosse seu o outro lábio

Ame
não importa o passado
viva
e aprecie quem está ao seu lado

Pense
é a única forma de crescer

Cresça
é a melhor maneira de sentir

Sinta
é a única forma de viver

Viva
sabendo que é necessário amar

Ame
sem se importar com o que passou
e com o que passará

Esqueça
não é poesia e nem receita
(não se faz bolo com palavras)
é só um pouco de nada
ou mais do mesmo
o que você acha?
Será?

terça-feira, 18 de março de 2008

Uns sonhos

Às vezes penso em meus sonhos como algo que jamais acontecerá. Quando isso acontece, eu observo atentamente o meu caminho e olhos para os lados. Há pessoas boas aqui, que me amam e acreditam em mim.

Logo depois olhos para trás e me lembro num breve momento de todas as batalhas. E passo as mãos em minhas cicatrizes em alto relevo.

Em seguida, olho para frente. O medo do desconhecido sempre nos abala.

E quando as pessoas acreditam em mim, quando olho para trás e lembro do que já realizei, quando sinto medo do que vem pela frente, não há outra solução, senão abrir minhas asas outrora recolhidas e alçar um longo vôo de encontro a mim mesmo!

Uma realização!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Os sentidos

Quando um homem e uma mulher
tocam-se
deliciosamente
tendo a consciência dos cinco sentidos,
ambos encontram um sentido mais
amplo
escondido
na penumbra de uma noite de
amor

sábado, 15 de março de 2008

O castelo

Você pode estar na rua, caminhando ou correndo.
Pode estar travando longas batalhas ou apenas vivendo a calmaria.
Pode estar olhando o horizonte ou os próprios pés.
Pode estar sempre no mesmo lugar ou viajando para terras longínquas.
Pode estar em seu país ou em terras estrangeiras.
Pode estar admirando velhas imagens ou novas paisagens.

Você pode estar pensando como antes ou expandindo seus horizontes.
Pode estar consertando estradas ou construindo pontes.
Pode estar numa pequena casa ou num enorme castelo.

Você pode estar em qualquer lugar, em qualquer tempo
amando alguém ou amando-se como nunca
pode estar curtindo deliciosamente a sua vida
mas isto terá um novo sentido
no momento em que voltar para casa
e lá estiver o seu amor
te esperando de abraços abertos

Neste momento, todos os caminhos
todos os pensamentos, todas as batalhas,
todas as viagens e todas as imagens
terão um novo sentido
e serão belas como uma manhã ensolarada
ou como uma manhã nublada
como um jardim cheio de flores
ou um jardim com apenas uma flor
serão belas
como um coração com um grande amor.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Um projeto

Para realizar uma grande obra, foram contratados centenas de funcionários. A maioria deles, vinha da região nordeste do país.

Durante todo o dia, todos eles trabalhavam incessantemente. Eram homens sem sonhos, que tinham nesta vida apenas a força de seu trabalho.

À noite, fiz uma visita no albergue onde estavam hospedados. Uns jogavam cartas, outros fumavam. No canto, um rapaz franzino lia a Bíblia.

Eles só trabalhavam durante o dia e descansavam a noite. Nada mais. Não havia sonhos ou alegrias. Apenas trabalho.

É para isso que nascemos?

sábado, 8 de março de 2008

Algumas reflexões

Ao longo de nossas vidas, acumulamos conhecimento. Um dia, talvez, nos tornemos sábios, pessoas capazes de viver sem julgar, pessoas capazes de amar sem perguntar, pessoas capazes de perdoar.

Por mais conhecimentos que tenhamos, há perguntas às quais nunca teremos respostas, porque talvez sejam estes mistérios que nos mantenham na busca de algo superior. Em algum momento todo ser humano se questiona a respeito destes temas:

“Quem é Deus?”
“De onde viemos?”
“Qual nossa missão na Terra?”
“Para onde vamos após a morte?”

Não pretendo responder a estas perguntas, afinal, os homens já fazem isso desde que o mundo é mundo. O que pretendo é provocar uma reflexão, fazer com que as pessoas se recordem de velhos conceitos que todos aprendemos quando criança mas que acabamos por esquecer.

“O que é o Amor?” – eu lhe pergunto. Cada um tem a sua própria definição. Mas podemos dizer que, às vezes, palavras não bastam: é preciso sentir.
“O que te faz sorrir?”
“O que te faz chorar?”
“Qual foi a última vez que você se emocionou?”

Se há algo em sua vida que você pretende mudar, peço que comecem agora. Escreva uma frase, escreva seu compromisso e transforme-se em quem você realmente sempre quis ser.

“Quais são os seus sonhos?”
“O que aconteceu com eles? Você os realizou?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Uns dias

dias
que passo horas
contando minutos
pra te beijar
na eternidade de um segundo

terça-feira, 4 de março de 2008

Um dia

Se num dia como hoje, onde tudo parece estar errado, onde o trabalho é estressante, onde o sol está muito forte, onde seus sonhos parecem estar mais distantes... se num dia como esse o telefone toca e alguém do outro lado diz que te ama, sinta-se feliz, pois embora pareça estar tudo errado... está tudo certo... só que você estava vendo apenas um lado da situação...

AME!!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma nova visão da Vida

Eu tenho certeza que hoje você está muito ocupado. E porque eu sei disso, deveria lhe escrever um texto bem curto, para que você não perca seu tempo. No entanto, um texto longo será como uma terapia para você que, ao ler, deixará de lado um pouco suas preocupações.
Sei que você está muito ocupado. Só o fato de termos que acordar cedo para a labuta diária já acaba nos privando de outras sensações.

Mas eu espero, verdadeiramente, que seu dia esteja sendo bom.

Na verdade, eu adoraria saber qual será o dia em que você começará a ser mais criativo. Estou louco para saber qual será o dia em que você, sendo engenheiro, irá se matricular na faculdade de cinema. Ou sendo médico, irá fazer um curso de culinária. Ou sendo advogado, vai resolver a aprender a dançar. Ou sendo psicólogo, irá dedicar algumas horas à arte de pintar.

Estou louco para saber quando é que você vai se esquecer dessas pessoas que te machucaram, e daquelas pessoas que insistiam em dizer que você não iria conseguir. Na verdade, esqueça apenas as palavras que elas lhe disseram e faça-lhes uma visita de vez em quando, só para que ela tenham certeza de que estavam erradas.

Quando é que você vai começar a amar sem se importar com os fantasmas do passado?
Qual será o dia que você irá observar o nascer ou o pôr-do-sol?
Qual foi a última vez que você ouviu o canto de um pássaro e parou alguns minutos para realmente admirá-lo?
Quando é que você vai voltar seus olhos para o céu estrelado numa noite enluarada e contemplar a beleza do universo?

Estou louco para saber o que você conhece sobre você mesmo!
Quais são os seus desejos mais íntimos?
Quais tuas fantasias mais loucas?
Quais são teus medos mais profundos?
E tuas angústias? E tuas alegrias?

Quais são teus sonhos? Quantos você já realizou?

O que há dentro de seu coração?
Quantos amigos verdadeiros você conseguiu conquistar ao longo da vida?

E, por último, te faço duas perguntas que podem redefinir sua maneira de encarar a vida daqui para frente:
Você é feliz com a vida que tem?
O que precisa mudar?


Só você pode saber...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O que nos dizem...

Lhe pediram para fazer o mesmo caminho
pediram para seguir apenas por onde todos os outros já seguiram
lhe ensinaram que homem não chora
e que o sexo feminino é frágil como uma folha de papel

Lhe explicaram equações de 2º grau que você não aplicará nunca mais
lhe disseram para não fazer indagações pois poderia ser algo perigoso

Lhe ensinaram que disciplina é liberdade
mas você se vê preso entre muros e grades
que cercam sua própria casa e, ao seu redor,
apenas medo e violência estampam manchetes de jornais

Lhe disseram que ver novela é o que forma sua cultura
e que a televisão lhe educou e educará seus filhos

Lhe disseram que o crime não compensa
e que quem cometia crimes era preso
mas nada falaram sobre corrupção e colarinho branco

Lhe ensinaram que beleza é aquela mulher
ou aquele homem da televisão
e você se engana pensando que poderá ser como eles

Pediram para você fazer menos perguntas e esperar mais por respostas
sentado em um canto escuro qualquer vendo seu tempo passar
Como aquele senhor que quando era novo procurou emprego
e lhe disseram que queriam alguém experiente e, anos mais tarde,
quando ele voltou ao mesmo local,
disseram que estavam a procura de pessoas mais jovens

Disseram para você usar aquele tênis
(e você usa)
disseram para beber aquela marca de cerveja
(e você bebe)
disseram que auto-estima é ter um "corpo perfeito" e malhado
e você caiu em depressão pois estava fora do padrão

Disseram que a vida era fácil
que sempre teríamos nossos pais conosco
que teríamos pessoas com quem conversar
e que elas não usariam nossas palavras contra nós

Não lhe disseram que se saísse da escola
você seria um número a reforçar as estatísticas da evasão escolar

Lhe disseram que o Amor era a coisa mais bela do mundo
até você descobrir que as pessoas traem e acabam destruindo o que mais amam

Disseram para você comprar o carro mais veloz
mas não consertaram as estradas iriam construir outras,
ligando pequenas e grandes cidades, mas desviaram as verbas

Eles tentaram tirar de você sua melhor parte
o afastaram de todas as formas de arte
mas cabe a você não se deixar endurecer

Assista um bom filme de mãos dadas
ouça uma bela canção e depois saia assobiando
leia mais livros
(e porque não de POESIA?)
Acredite na vida,
nas pessoas, na nobreza dos corações
nos mais puros sentimentos
ACREDITE EM VOCÊ,
acredite no Amor, pois no fim das contas é ele que nos salva

Ame a si mesmo e ao teu próximo, mesmo que ele esteja muito distante
diminua as distâncias entre você e seus amigos e irmãos
reconheça seus erros e peça desculpas
não há vergonha nenhuma nisso
Sorria, de vez em quando dê uma gostosa gargalhada
mostre a você mesmo(a) o quanto é capaz de superar seus próprios limites e,
nunca se esqueça,
A VIDA PRECISA DE UM OBJETIVO!!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Os dois caminhos

Seguia caminhando pela estrada da vida. Em dado momento essa estrada se transforma em outras duas e, para chegar ao meu objetivo, eu deveria tomar uma decisão.

Na estrada da esquerda havia uma placa com letras bem grandes com a inscrição "ATALHO". Na da direita estava escrito "CAMINHO MAIS LONGO".

Na estrada do "ATALHO" o asfalto estava bastante gasto, o que me demonstrava que a maioria das pessoas quando chegavam àquela altura, passavam por ali. Na estrada do "CAMINHO MAIS LONGO" havia algumas marcas de pés que iam e vinham; na certa, eram pessoas que desistiam e voltavam.

Ponderei. Talvez fosse melhor eu voltar atrás. Eu poderia até mesmo ficar ali para sempre, se quisesse, apenas observando duas estradas que se estendiam até o meu objetivo. Pelo menos eu era livre para escolher.

Na mesma placa onde estava escrito "ATALHO", pequenas letras quase imperceptíveis aos olhos mais desatentos, dizia que a vida seria fácil, com alguns encantamentos, poucas dificuldades e uma paz parecida com aquela que sentimos numa tarde de domingo.

Na placa onde estava escrito "CAMINHO MAIS LONGO", as letras eram ainda menores, e estava escrito que a vida seria difícil, que eu teria desilusões, que iria sofrer por amor, que teria que lutar muito para conseguir as coisas que queria.

Então eu escolhi justamente um caminho que ainda não existia e caminhei pelo meio do mato, atravessei rios e lagos, devorei frutas colhidas diretamente das árvores, às margens de tudo o que diziam que era certo. Arranhei meu corpo em espinhos, senti medo do desconhecido e vontade de voltar, mas o que eu buscava valia a pena qualquer esforço. E eu sabia disso.

Eu tinha um sonho. Era essa realização que me impulsionava.

Escolhi o meu próprio caminho e me tornei um homem incrível.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Amor em migalhas

Não tolero mais amor em migalhas.
Em matéria de sentimentos, não aceito mais café puro, pão com manteiga ou arroz com feijão.
Quero me servir dos melhores pratos.

Um café da manhã de emoções, com chás, leite, pães maravilhosos, geléias e frutas.
Um almoço de sensações gostosas.
Um jantar de prazeres inimagináveis.

E se não for assim, prefiro passar fome por uns dias até que possa estar de novo em seus braços. Porque não há mais tempo a se perder com amores que não amam, nem com paixões que não ardem.

Não tolero mais amor em migalhas.
Quero me servir de um banquete de emoções extraordinárias.
Quero me servir de você!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

É preciso

É preciso que você siga suas convicções, mas que tenha a humildade de reconhecer se necessário for mudar de idéia.

É preciso que você não fique preocupado demais com coisas sem importância.

É preciso que você tenha alguns objetivos na vida. É importante traçar metas e transpor barreiras.

É preciso que você ame o próximo como a ti mesmo.

É preciso que você faça alguns exercícios físicos, ame muito, coma mais ou menos, mas que se sinta satisfeito com isso.

É preciso que você se sinta satisfeito consigo mesmo.

É preciso que você compreenda o valor das pessoas pelo que elas são, e não pelo que elas têm.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O vôo

Hoje é o meu dia.

Portanto, hoje eu vou dormir tranquilo e sonhando como nunca. Vou escrever um texto de amor que será mais belo do que qualquer outro que já escrevi. Vou reler o mesmo romance pela terceira vez e vou viver este novo romance como se fosse o primeiro (ou o último).

Vou sonhar os velhos sonhos da juventude. Vou sair de casa para rever amigos de infância. Vou me alimentar se alegrias e esperanças.

Vou caminhar na areia da praia ou no asfalto como se meus pés tocassem nuvens. Vou alçar um vôo suave de encontro à Vida. Quero sentir a liberdade de um bater de asas em toda sua plenitude.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Tarde em Rio das Ostras


Se você olha para mim e não me entende: a culpa é nossa!
Se você olha para si mesmo e não se compreende: a culpa é tua!

Mas talvez você esteja ocupado demais para se olhar, se observar, julgar seus próprios atos e atitudes. Afinal, a ocupação do dia-a-dia (que chamaram trabalho) nos consome de uma forma incrível.

Se eu pudesse, hoje, passaria a manhã inteira observando o mar de Rio das Ostras. E aqui, escreveria o mais belo poema já visto, a mais bela peça de teatro já encenada, o livro mais importante do século.

E você, o que quer fazer agora e não pode ou não consegue? Estudar, viajar, tornar-se um poeta, um pintor, um músico, um astrônomo, entrar em aulas de dança, matricular-se numa academia, fazer aulas de natação, fazer um curso de gastronomia?

Bom, como não posso passar a manhã inteira diante deste mar, passo o final da tarde por aqui, observo o pôr-do-sol e rabisco um texto. Ainda está longe de ser o mais belo poema já visto, a mais bela peça de teatro já encenada, o livro mais importante do século... mas uma coisa é certa... esse ar, essa liberdade, essa estranha vontade de tocar o coração das pessoas com palavras, essa estranha necessidade de tentar gerar uma reflexão cujo sentido esteja muito além das palavras, faz deste momento especial e único.

Amanhã, só amanhã, faça algo que te inspire. Faça algo que você considere realmente importante. Faça algo que te realize como ser humano. Faça algo que te desperte sonhos deliosos. Faça de sua vida uma benção para a vida de outras pessoas.

E todos os dias, refaça estes votos. Amanhã, e depois de amanhã, e depois de depois de amanhã. Você verá como o seu mundo se tornará diferente...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

José trabalha como pedreiro ajudando a construir dezenas de prédios. Mas José nãoõ tem uma casa própria.

João trabalha num banco contando milhares de reais por dia. Mas quando chegar em casa hoje, João não tem o que oferecer a seus filhos.

Mas os dois insistem em viver desta forma. Afinal, o que poderia acontecer em suas vidas?

Então José se lembra de uma data. E João também, logo depois que encontro os dois após uma partida de futebol e lhes pergunto: há algum dia na vida de vocês que perceberam que se fizessem algo diferente, tudo deixaria de ser como é?

Eles riem. Um deles, em sua crença, diz que estava tudo escrito. Destino, sina, seja lá o que for, penso que se fosse assim, não valeria tanto esforço, bastava deixar acontecer.

O outro diz que não se arrepende de nada e que faria tudo igual.

Pois bem. Um amigo meu se aproxima. É o dono da bola. Após ouvir a conversa diz que irá comprar um apartamento onde João trabalha e abrir uma conta no banco de José.

Para alguns pode parecer duro. Duro até demais. Mas ele foi o único que conseguiu compreender o que eu queria dizer sobre fazer algo diferente e moldar o futuro.

Eu disse "moldar"... e não "mudar"...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Se olhar no espelho

Acordar e se olhar no espelho deve ser duro para quem não ama. Deve ser duro para quem extinguiu o amor de seu peito. Deve ser duro para quem rouba, para quem mata. Deve ser duro para quem maltrata os pais ou amigos.

Acordar e se olhar no espelho deve ser duro para quem só quer reclamar da vida. Deve ser duro para quem nunca observou um nascer ou um pôr-do-sol. Deve ser duro para quem renunciou aos seus melhores sonhos.

Acordar e se olhar no espelho deve ser duro para quem deixou para trás sorrisos e fantasias. Deve ser duuo para quem cultiva apenas a beleza exterior, mesmo sabendo que por dentro é só amargura.

Acordar e se olhar no espelho muito rápido deve ser duro para quem está atrasado para o trabalho que nos consome a cada dia. Deve ser duro para quem chega em casa suado sem compreender o sentido de nada daquilo.

É duro, muito duro, ver a própria imagem, seu próprio rosto, vermelho e molhado de tantas lágrimas. Mas pior do que isso, e muito mais duro ainda, deve ser olhar-se no espelho e descobrir-se linda(o) e vazio.

Isso não tem volta!

Então, admire mais o seu espelho, a sua imagem refletida, sorria para si mesma(o), mande beijos com as mãos, estale um beijo no espelho como se uma boca suave fosse.

Hoje, e nos próximos dias de sua vida, AME-SE e sinta-se LINDA(O)!!!

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